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ERAM OS DEUSES ASTRONAUTAS?

  • Foto do escritor: Claudia Avelar
    Claudia Avelar
  • 25 de mar.
  • 3 min de leitura

Certamente poucas pessoas vão se lembrar do que se trata. Talvez aqueles na faixa etária dos 60 anos.


Este foi um texto escrito por um suíço no final dos anos 60 e acho que foi realizada uma produção em 1970.


A pergunta faz menção aos estudos ufológicos, a nossa curiosidade permanente de saber se estamos sozinhos no universo, se existem planetas com vida no nosso sistema solar, a visão romântica de encontrar seres de extrema inteligência, alguns apostando que seriam superiores a nossa humanidade em todos os sentidos e outros pensando na possibilidade de uma inteligência perversa e colonizadora, assim como conhecemos por aqui mesmo.


Tenho ficado impressionada com a sedução causada pela tecnologia em todas as idades, não só nas telas, mas nos jogos, ideias, novas criações.


Não sou mais tão analógica, mas confesso ainda um pouco nostálgica.


Outro dia me deparei com estudos de Neurociências, com técnicas e jogos para crianças, na minha ignorância nostálgica, não compreendi, para qual razão aquela técnica era usada.


Crianças sem transtornos diagnosticados, que gostam de frequentar a escola, brincar, praticam esportes e se socializam, são orientadas a técnicas conduzidas diante da tela do computador com os olhos vendados…


Não estou criticando, até porque não tenho embasamento teórico para isso. Na minha época a gente se virava com a brincadeira de “cabra cega”. Parece que funcionava, além de ser acessível a qualquer criança.


Estranha época que estamos vivendo, onde a superação não tem limite, o mérito e a genialidade são condição de sucesso e felicidade, ás vezes me preocupa.


Incentivar crianças e pessoas em geral a desenvolver seus talentos, potencial, criatividade é muito bom. Deus nos livre de castrar tudo de interessante que possa tornar uma pessoa mais feliz e o seu em torno também. Mas se passar pelo aspecto natural, me parece mais leve. Será que no futuro teremos pessoas com síndrome do pânico de não ser o melhor entre os seus colegas ou o padrão de sua escola e desistir de ir ás aulas? Vão aumentar os casos de depressão? Vão aumentar os casos de ideação suicida na infância e adolescência por estes motivos? E auto extermínio nas empresas pela sensação de fracasso?


Por que estamos sempre procurando encontrar o pote de ouro no final do arco íris? Me lembra as técnicas behavioristas na Psicologia dos anos 70, onde o rato percorria labirintos atrás do queijo.


É estranho, temos um planeta azul, com águas naturais, oceanos, matas , animais maravilhosos e pessoas de culturas diversas numa geografia fenomenal. Mas queremos alguma coisa fora.


Sem parecer retrógrada, ficaria mais fascinada se encontrasse estudos para eliminar as mazelas que maltratam e matam milhares de pessoas neste mundo. Buscamos ficção científica num mundo onde as pessoas ainda morrem de fome, de doenças que poderiam ser curadas, se matam em guerras por falsos pretextos.


Tomara que não transformem a infância das crianças num cabo de guerra de neurônios. Que a humanização seja o contexto mais importante de uma boa educação e formação, para menos crises de angústia e ansiedade que nos leve para lugares nada paradisíacos dentro das nossas mentes.


A evolução é questionável. Muito da nossa qualidade de vida melhorou. Hoje vivemos mais, temos soluções práticas nas nossas rotinas, dentro das nossas próprias casas. Temos medicamentos que eliminam bactérias como os super antibióticos, temos vacinas, que apesar de evitar doenças incapacitantes e que levam a morte, ainda não são bem vistas por todos. Por incrível que pareça, alguns preferem ter o nome na lista de visitas planetárias.


Nada contra grandes ideias e progresso, se assim podemos classificar, mas fica o pisca-alerta ligado. Nada é mais importante do que desenvolver a afetividade, o cuidado pelas pessoas e pelo próprio planeta.


Que as crianças possam brincar sem instruções, com exceção de respeitar as normas do jogo, não trapacear, não odiar o coleguinha por ser melhor jogador. Faz parte do tabuleiro de uma vida inteira.


E que a felicidade não seja artificial, fabricada a base de dopamina de excessos, pois correremos o risco de não enxergar mais o arco-íris, o que dirá o pote de ouro que nos fizeram acreditar que estava onde ele termina.


Cláudia Avelar

Consultora em Saúde Mental Corporativa e Institucional

 
 
 

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